sexta-feira, 30 de junho de 2006

Centro de Atendimento ao Munícipe

O Centro de Atendimento ao Munícipe da Câmara Municipal de Lisboa, para situações urgentes, sugere que se entre em contacto através da sua linha azul, disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano, pelo 808203232, preferencialmente fora dos picos de atendimento (10.00h / 13.00h e 14.00h / 17.00h).

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Lisboa caótica (29 de Junho de 2006)

Observem bem as diferenças entre estas duas imagens:

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Lisboa, Av. Eng. Krus Abecassis, 25 de Junho de 2006

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Lisboa, Av. da República, 29 de Junho de 2006

Private cars are responsible for 12% of fine particulate matter in the air. These tiny particles penetrate deep into our lungs and on average shorten the life expectancy of each EU citizen by nine months.
Private cars are responsible for 10% of the EU's CO2 emissions, which drive climate change.
Private cars kill and maim. In 2002, more than 20,000 people were killed in the EU-15 in traffic accidents involving cars or taxis. Hundreds of thousands were injured.
Stavros Dimas
Member of the European Commission, responsible for Environment
(http://www.mobilityweek-europe.org/IMG/pdf/stavros_dimas.pdf)

O excerto deste discurso aplica-se bem a Lisboa, sobretudo numa manhã sem metropolitano devido a uma greve.
Andando pelas ruas ouvem-se milhares de queixas de quem se desloca de casa para o emprego. Pelo caminho ouço este desabafo enquanto espero pelo sinal verde dos peões no Campo Grande, na zona do viaduto da 2.ª circular: “Eles querem tudo! Têm emprego e ainda por cima têm a lata de fazer greve. Não há direito! Eu que ganho mal nunca fiz greve, só trabalho!”. Mais adiante, após um extenuante caminhar entre o Lumiar e o Campo Pequeno com passagem pela Cidade Universitária, resolvo apanhar um autocarro da carris para dar um pouco de descanso aos meus pés. Atravesso a lateral poente da Avenida da República ziguezagueando entre os milhares de automóveis engarrafados e, num ápice, entro dentro do autocarro 83. Pensei que a célebre faixa bus criada no tempo da presidência do Eng. Kruz Abecassis poderia ser favorável ao escoamento dos transportes públicos! Tudo errado! Nestes dias nada funciona! Demorei quase 20 minutos entre o Campo Pequeno e o Saldanha! Dentro do autocarro o ambiente era pesado e estava tenso com a discussão entre uma grávida e uma velhinha que disputavam um lugar sentado. Outras conversas versavam em torno dos aumentos das tarifas, das dificuldades da vida e por aí fora. Tudo isto ao ritmo do penoso pára e arranca. Perdi a paciência e com muita luta consigo sair do apinhado 83 em pleno Saldanha. A pé é mais rápido, pensei. E assim foi. Em cerca de 15 minutos de caminhada cheguei ao Marquês de Pombal. Entretanto o metro tinha aberto as suas portas e desci na esperança de apanhar um comboio no sentido do Largo do Rato. O comboio acabou por aparecer depois de quase 20 minutos de espera. É Lisboa uma cidade sustentável e saudável?

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quinta-feira, 29 de junho de 2006

As árvores do Parque Oeste



Nos trabalhos da 2ª fase do Parque Oeste são necessários movimentos de terra para fazer a passagem superior que ligará a pista de Atletismo Moniz Pereira, a Norte da Av. Krus Abecassis, à continuação do já existente Parque Oeste a Sul da mesma avenida e a Este do Eixo Norte-Sul. Cardealmente confusos?

Orientem-se aqui


Mas as árvores que estão na primeira fotografia resistirão à 2ª fase do Parque Oeste? Estão incluídas no projecto? Ou terão de ser abatidas para a construção da tal passagem por cima da Av. Krus Abecassis? Algumas já foram infelizmente cortadas, mas não sabemos se por razões fitosanitárias ou por implicações com a obra. Seria uma pena se o projecto da Arq. Isabel Aguirre não tivesse previsto a preservação as árvores já existentes no terreno e que levaram tantos anos a crescer.

Vamos aguardar nos próximos dias para ver o que irá acontecer. Ou alguém acha que se devia fazer qualquer coisa antes que seja tarde demais?

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Emergência médica tem dificuldades...

na localização das ocorrências nas zonas novas das cidades. Na "Alta de Lisboa", em particular, os locais de referência não estão inseridos nem em sistemas de GPS nem sequer em meros roteiros.
Recordo-me que quando vim morar para o Alto do Lumiar, há cerca de 2 anos, encontrei um carro de bombeiros completamente perdido na actual Rua Helena Vaz da Silva. Mas parece que isto continua a ocorrer, nomeadamente com ambulâncias do INEM.
Quem necessita de urgência na resposta da emergência médica ou de outra não pode correr riscos pela ausência de um sistema de orientação que já deveria existir.
Falha no Plano de Urbanização? Parece que a "cartografia da área" estaria prevista.
Desconhecimento da autarquia? Certamente que não.
Será assim tão difícil colocar placas orientadores nas nossas ruas? Se calhar é, pois nem passadeiras ainda temos em alguns locais (e há bem pouco tempo nem passeios provisórios havia noutros).
Qual a solução para que as entidades responsáveis sejam chamadas a agir em função de todas estas necessidades?

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quarta-feira, 28 de junho de 2006

Completa-se hoje um mês e dez dias desde a visita do vereador António Prôa ao parque infantil na Rua Adriana de Vecchi, efectuada a 18 de Maio, e que nos levou a decidir pela anulação da acção de limpeza que tínhamos agendado (em resposta ao mote lançado aqui pelo Tiago).
Parece-nos que terá sido a CML a efectuar alguma da limpeza observada no dia 27 de Maio:

Fotos: Ana Louro

Mas, para além disso, o portão continua caído e o estado de degradação mantém-se:

Foto: Rodrigo Bastos
Será para quando a requalificação dos canteiros e reparação das anomalias deste parque infantil por parte da SGAL e a sequente recepção pela autarquia?
Seria preferível o seu encerramento até a situação estar resolvida?
Este é certamente um caso localizado, mas demonstra bem alguma falta de coordenação existente entre as entidades responsáveis pelo desenvolvimento do Plano de Urbanização do Alto do Lumiar, nomeadamente a SGAL e a UPAL.

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segunda-feira, 26 de junho de 2006

Outra perspectiva do Parque Oeste



Uma vista diferente da que estamos habituados deste Parque que tarda em abrir ao público, apesar de já entregue à CML. Claramente procura-se dar tempo à flora para se adaptar e fortalecer antes de ser exposta a uma utilização frequente. O caminho pedonal está ainda por fazer mas irá ser concluído e ligado à zona Sul da Alta de Lisboa, passando a ser utilizável mesmo durante as obras da futura malha 6, entre o Parque Oeste e o Condomínio da Torre, o que será importante para a mobilidade pedonal entre os dois polos.

Ver mais fotografias






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sexta-feira, 23 de junho de 2006

E antes disso, no Sábado...

O post anterior da Ana fez-me lembrar que, de repente, já estamos no dia 23! E hoje e amanhã, antes das bicicletadas de Domingo, há mais coisas para nos entretermos. Gira tudo à volta do projecto "Memórias ComVida" que pretende mostrar ao público a história dos Bairros e Quintas preexistentes ao Plano Urbanístico do Alto do Lumiar e à SGAL.

Memórias com Vida
O local escolhido para a exposição é o Parque das Conchas. Quase todos, hoje, o consideramos o ex-libris da Alta de Lisboa, mas já no passado, quando ainda era a Quinta das Conchas, ou apenas a "mata", tinha especial importância para os bairros e pessoas da freguesia do Lumiar. É para sabermos estas coisas, para conhecermos bem o sítio em que moramos, para ao passarmos pelas ruas, por enquanto em obras, sabermos que histórias se escondem por baixo deste betão todo, que recomendo a visita.

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Para saberem mais sobre este evento fica em baixo o Comunicado de Imprensa.

Memórias ComVida no Alto do Lumiar

Nos próximos dias 23 e 24 de Junho, pelas 16h00, a Quinta das Conchas e dos Lilases (Alameda Linha de Torres, Lumiar) acolhe a primeira actividade do «Projecto de Recolha de Memórias do Alto do Lumiar» – denominada Memórias ComVida –, promovida pelo Grupo de Parceiros* da Alta de Lisboa-Lumiar.

Este Projecto pretende mostrar ou lembrar à população local os aspectos mais positivos e gratificantes da zona, recuperando a História dos Bairros e Quintas preexistentes ao «Plano Urbanístico do Alto do Lumiar», as suas memórias, o que tinham de bom e continuam a ter e as suas potencialidades. Nesta medida, visa promover a criação de laços comunitários e o sentimento de pertença a esta nova realidade urbanística da cidade de Lisboa.

Conhecer as raízes, as origens e a cultura do local é um bom ponto de partida para melhor se poder apreciar o subsequente crescimento, a inovação e o desenvolvimento económico e social emergentes no Alto do Lumiar.

A recolha de memórias foi realizada por crianças, jovens e adultos – ex-moradores daqueles bairros e quintas –, que reuniram FOTOGRAFIAS, TESTEMUNHOS, HISTÓRIAS DE VIDA e realizaram, com o apoio dos técnicos das instituições, a CONSTRUÇÃO DE MAQUETAS, VÍDEOS, entre outros produtos.

A Quinta das Conchas, ou “a mata”, encontra-se intimamente ligada à Memória distante e presente dos bairros e pessoas da Freguesia e, por isso, é o espaço ideal para congregar todos os públicos e permitir a participação de todos.

O Programa da festa «Memórias ComVida» integra Exposições (uma alusiva às referidas memórias e outra a “Lisboa: Um Século a LimpARTE”), Marchas Populares [23 Jun., 16h] e actividades lúdicas e culturais, como a dança, música e o teatro, promovidas por instituições locais [Espectáculo: 23 Jun., 21h00. Animação de rua: 24 Jun., 15h00].

Na Alta de Lisboa foram realojadas recentemente (maioritariamente em 2000 e 2001) cerca de 10.000 pessoas, oriundas dos bairros da Cruz Vermelha, Musgueira Sul, Musgueira Norte, Quinta Grande, Quinta do Louro, Quinta da Pailepa e de outros locais de Lisboa. Nesta zona, que corresponde ao Projecto Urbanístico do Alto do Lumiar, estima-se que a população a residir em habitação social venha a ter um peso de apenas 10% a 30% do total de habitantes previstos (cerca de 60.000 pessoas). Trata-se de uma zona em expansão e renovação urbana que, no final dos anos noventa, constituía a maior concentração de barracas e outros alojamentos precários da cidade de Lisboa.

*Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar. Câmara Municipal de Lisboa: DAS/DISASC/ECO do Lumiar, DAS/DISASC/NID, DHURS/DSES/GPIC. Centro de Artes e Formação da Junta de Freguesia do Lumiar (CAF/JFL). Centro de Acolhimento Infantil do Bº. da Cruz Vermelha da Santa Casa (CAI BCV/SCML). Centro de Saúde do Lumiar. Centro Social da Musgueira. Direcção Norte da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Fundação Obra do Ardina. Gebalis — Gabinete da Alta Sul. Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária (ISU) e o Programa K’Cidade da Fundação Aga Khan Portugal.

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quinta-feira, 22 de junho de 2006

Este Domingo, dia 25...

originally uploaded by Ana Louro

poderá optar entre as seguintes iniciativas:

VII Convívio de Cicloturismo do Lumiar, organizado pela Associação Recreativa Pescadores da Musgueira Norte, com início às 9:00 horas na Junta de Freguesia do Lumiar (Tel.: 217530503, 217541350), com almoço e lembranças (inscrição gratuita)

Passeio de bicicleta na Alta de Lisboa (último domingo de cada mês), promovido por este blog, com início às 10:00 horas junto ao pequeno parque situado no cruzamento do Parque das Conchas com a Rua Helena Vaz da Silva (não é necessária inscrição)

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sexta-feira, 16 de junho de 2006

Parque Oeste (2.ª fase)

Segundo o que se observa do eixo Norte-Sul parece que a construção da 2.ª fase do Parque Oeste já começou. Todos os dias se observam máquinas a preparar o terreno para instalar as infraestruturas do parque. As fotografias mostram as áreas que estão a ser transformadas.


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Parque Oeste, visto do eixo Norte-Sul (15 de Junho de 2006)

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quinta-feira, 15 de junho de 2006

Descida do Eixo Norte-Sul em bicicleta




Este é o primeiro home made video aqui do Viver. Aproveitando o feriado para passear de bicicleta, aqui fica o registo da descida do Eixo Norte-Sul, passando pelo túnel da Ameixoeira.

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Sondagem - Sabendo o que sei hoje sobre a Alta de Lisboa



Terminou a sondagem ao estado de espírito dos visitantes do blog sobre a vida na Alta de Lisboa. Sem qualquer pretensão científica ou sociológica, dada a amostra não representativa do universo de moradores, podemos no entanto constantar que a larga maioria dos inquiridos não está arrependida de ter comprado casa na Alta de Lisboa. Se juntarmos aos que ainda estão para vir, temos 72% das pessoas a preferir a Alta de Lisboa às alternativas possíveis em Lisboa. Pelo quadro calcula-se em 29% os que responderam estar arrependidos ou preferir outra zona da cidade para morar. Os 101% são obviamente consequência dos arredondamentos à unidade.

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terça-feira, 13 de junho de 2006

Bancos com poemas



São estes os recentemente inaugurados oito bancos de pedra com versos de oito poetas, um por cada país lusófono. Para além de Fernando Pessoa, podemos encontrar nestes bancos poemas de Mia Couto (Moçambique), Pascoal D’Artagnan Aurigemma (Guiná-Bissau), Xanana Gusmão (Timor-Leste), Arlindo Barbeitos (Angola), Francisco José Tenreiro (São Tomé e Príncipe), Manuel Bandeira (Brasil) e Corsino Fortes (Cabo-Verde). Podem ser lidos e sentados no espaço verde público criado entre o Parque das Conchas e a R. Helena Vaz da Silva.

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O sonho...

O sonho... é a verdade enfeitada de lembranças,
é a magia do tempo das crianças
e é o poder das danças.
O sonho é tudo o que nos resta...

Eu quero voar,
como no meu sonho sem nunca aterrar,
e quero viver
toda a fantasia que idealizar.
Quero ter a esperança,
quero ser criança
e quero embalar,
os filhos da guerra e os filhos da terra.
Não quero acordar.
Deixai-me sonhar...

Copyright 2006 . Ana Louro . All rights reserved.

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segunda-feira, 12 de junho de 2006

Professores que encerraram escola do Lumiar dizem que violência é comum

Docente agredida na sexta-feira
Professores que encerraram escola do Lumiar dizem que violência é comum
12.06.2006 - 10h51 Lusa


Os professores que hoje encerraram a Escola Básica Um São Gonçalo, Lisboa, onde uma docente foi agredida sexta-feira pelos pais de um aluno, dizem que os casos de violência são comuns e culpam os familiares pela indisciplina dos filhos.
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Vários professores que se encontravam hoje de manhã no interior da escola disseram que a agressão à professora foi apenas o pior dos casos da violência comum no estabelecimento.

"A culpa é dos pais que agridem os professores na presença dos filhos", disse uma professora, enquanto outra acrescentou que os familiares "são mal-formados". Os docentes pediram o anonimato por não estarem autorizados a falar pela Direcção Regional de Educação de Lisboa.

No exterior da escola, vários pais contactados pela Lusa queixaram-se, por sua vez, de atitudes menos correctas por parte dos professores. "Os professores também são mal-educados e brutos com as crianças", disse à Lusa a mãe de uma criança de seis anos, a frequentar o jardim-de-infância da escola.

Cerca das 09h30, 20 professores e funcionários auxiliares da escola formaram um cordão humano e na altura que estavam rodeados pelos jornalistas mostraram um cartaz, em que diziam "Somos pessoas, exigimos respeito e segurança".

À hora de início das aulas, às 09h00, eram poucas as crianças e pais que tentavam entrar na escola, dado que sexta-feira foram avisados que o estabelecimento hoje estaria encerrado.

Os professores vão reunir esta manhã para reivindicar à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) soluções para o problema.

O relato da agressão da professora foi feito domingo à Lusa pela presidente do Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa (SDPGL), Maria Conceição Pinto. Segundo Maria Conceição Pinto, a decisão de encerrar a escola foi tomada pelos professores e o estabelecimento vai manter-se fechado "enquanto não se resolver o problema de segurança".

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Escola do Lumiar encerrada após agressão de professora

Decisão tomada por docentes da Escola Básica do 1º ciclo de São Gonçalo
Escola do Lumiar encerrada após agressão de professora
11.06.2006 - 18h39 Lusa

A Escola Básica do 1º ciclo de São Gonçalo, no Lumiar, vai estar encerrada amanhã, por decisão dos professores, depois de uma docente ter sido agredida anteontem por familiares de um aluno do estabelecimento.

De acordo com a presidente do Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa (SDPGL), Maria Conceição Pinto, o estabelecimento vai manter-se fechado "enquanto não se resolver o problema de segurança".

A informação sobre o fecho do estabelecimento está afixada num cartaz colocado à porta da escola desde o dia da agressão, que foi, segundo a sindicalista, reportada de imediato pelo órgão executivo do Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros, a que pertence a S. Gonçalo, à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL). Da DREL a escola recebeu indicações para que "ninguém fale com a comunicação social e que a escola não feche".

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O incidente ocorreu pela hora de almoço, quando a professora em causa, que é coordenadora da escola e membro do conselho do SDPGL, se encontrava dentro do estabelecimento de ensino. A docente, que está na escola há quase duas décadas, terá chamado a atenção a um aluno, com cerca de 13 anos, que estava a atirar cascas para o chão. Este terá ignorado o aviso da professora, que fez menção de lhe segurar a mão para que o jovem apanhasse as cascas, mas este recusou-se a fazê-lo.

Segundo o relato da dirigente sindical, "pouco tempo depois" terá entrado na sala onde estava a docente um casal, aparentemente familiar do aluno, que a insultou, tentou arremessar-lhe à cabeça um balde de lixo de alumínio e lhe bateu na cara e na cabeça repetidas vezes até que os restantes professores e auxiliares conseguiram por cobro ao ataque.

A professora, de 50 anos, foi assistida pelo Instituto Nacional de Emergência Médica na escola e vai ficar de baixa, adiantou Maria Conceição Pinto.

A sindicalista acrescentou não ter conhecimento de outras agressões a docentes neste estabelecimento, mas acentuou que a escola tem vários problemas de segurança, que haviam levado já a professora atacada a solicitar a presença da polícia no recreio durante os intervalos.

Maria Conceição Pinto acrescentou que o SDPGL, que integra a Federação Nacional dos Sindicatos de Educação, vai entrar em contacto com a DREL amanhã "para saber que tipo de intervenção se vai fazer numa escola destas, onde os professores não se sentem seguros".


in Público.pt Última Hora

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Não houve golo houve Angola

APARTAMENTO letra A, quinto andar de um prédio no Alto do Lumiar, Lisboa, a 50 metros do campo do Águias da Musgueira, onde antes ficava um dos mais problemáticos bairros de lata do país. Os prédios novos, com seis anos, não afastam a tensão nos ombros, nem os olhares desconfiados para os estranhos que chegam. Mas na casa da dona Maria Amélia, angolana que sabe o que é jinguba, vê-se que a Musgueira já não é o que era.

Jinguba é um aperitivo típico angolano, amendoim que se compra cru e se torra na frigideira. É bom. Além da senhora Maria Amélia, que trabalha como recepcionista num escritório, angolana em Portugal desde 1976, estavam também na letra A do quinto andar o filho Valter Manaia, português, guarda-redes do Oeiras. E foram chegando amigos. Os angolanos Ivo e Paulo e ainda o Lito, este um lisboeta de ascendência cabo-verdiana. «Se Angola perder há festa, se ganhar há escândalo!», avisa Ivo. Paulo confirma. Todos os outros estão por Portugal, mesmo a dona Maria Amélia. «São muitos anos cá, mais dos que aqueles que passei em Angola. Tenho dois países, gosto de ambos. Não é tão difícil quanto possa parecer conviver com esta ideia», explica a dona da casa, que traz cerveja, aperitivos, tarte e sorrisos na cara.

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André Macanga joga na televisão com um penso rápido na cara. «Aposto que é para o estilo, para o focarem. Nós angolanos temos destas coisas», desconfia Paulo. Ivo confirma. Valter recebe um telefonema do pai, que está em Angola, exactamente durante o hino. Emociona-se, prefere que ganhe Portugal, mas há algo no sangue que lhe dá uma reprimenda. Ver um jogo sem poder torcer por uma equipa é como ter de comer sem ter fome, não sabe tão bem. Golo de Pauleta. Ivo confessa que de repente sente vontade de ir para a sua casa, fica danado. Mas não vai. De repente, começa a tarde da má-língua. O Figo que está velho, o Cristiano Ronaldo que não passa a bola, o Oliveira Gonçalves que deve pensar que é o Mourinho de África e por aí fora. «Zé Kalanga... esse nome dá-me vontade de rir. Mas é bom jogador», diz Lito. «Kalanga é osga num dialecto de lá», ensina Maria Amélia.

Acaba o jogo, não há escândalo mas confirma-se a festa. Lá fora, na rua, onde a paixão angolana se dilui no ar e Portugal ganha exclusividade, fica o aeroporto, ali ao lado. Dá para ver, parado, um avião da TAAG. Demora apenas sete horas a voar para Luanda. Afinal está tudo tão ligado e próximo que se fundem dois países dentro de um só apartamento. No local que antes era a Musgueira e hoje é onde mora a dona Maria Amélia.


in Jornal A Bola, dia 12 de Junho de 2006

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sexta-feira, 9 de junho de 2006

Man at work



Calceteiros a construir o passeio junto ao morro que separa o Bairro da Cruz Vermelha e o Condomínio da Torre.

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Finalmente já há passadeira II

Bem sei que a intenção do João Tito de mostrar a passadeira recentemente pintada é a melhor. É importante remar contra a tendência que alguns de nós temos de criticar, de apontar apenas os defeitos, de encontrar os erros e esquecer as coisas boas que também vão sendo feitas. Uma crítica construtiva deve conter o enaltecimento dos pontos positivos, o diagnóstico dos erros ainda a corrigir e a apresentação da solução.

Vamos então primeiro aos aspectos positivos: aquela passadeira é bem vinda!



No entanto, ainda falta outra passadeira, na rua Helena Vaz da Silva, oblíqua à rua onde foi já colocada a primeira.

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É que se repararem, a rua onde já foi pintada a passadeira até nem tem muito trânsito. E enquanto não for feita a ligação à Estrada da Torre, que depende ainda da expropriação de um terreno, continuará a não oferecer grande perigo aos peões. Aliás, parte dessa rua está cortada ao trânsito, como se vê na fotografia.




Já a Rua Helena Vaz da Silva é um caso diferente, tem dois sentidos, grande movimento de automóveis, serve imensos prédios, mas não tem passadeira.




Mas aparentemente até está prevista, dado o declive no passeio.


O resto da crítica construtiva é fácil. A solução é pintar a passadeira que falta. Bom trabalho, CML!

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quinta-feira, 8 de junho de 2006

Finalmente já há passadeira
























Cabe-nos a todos (moradores e futuros moradores) alertar para o que está mal na Alta de Lisboa mas também é importante perceber que aos poucos muitos (principalmente pequenos) problemas se vão resolvendo.
Temos finalmente uma passadeira na Rua Helena Vaz da Silva no caminho para a Quinta das Conchas!

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Mobilidade pedonal

Marina Ferreira, vereadora da mobilidade, conversando ontem com os jornalistas durante um périplo pela Avenida da República para se observar o funcionamento das novas temporizações dos semáforos para o atravessamento dos peões.




Ainda a vereadora: "a gestão do sistema de semáforos estava tradicionalmente organizada para que os automóveis se pudessem deslocar com rapidez esquecendo a vivência dos peões. As mudanças feitas agora pretendem inverter essa filosofia."

Na verdade, o aumento do tempo de travessia dos peões será compensado por um tempo de espera maior. Ou seja, a distribuição dos tempos de travessia para automóveis e peões ao longo do dia é exactamente a mesma, mas com ciclos mais longos. Pressupõe-se então que para a vereadora "vivência dos peões" seja a velocidade a que se estes deslocam e não uma relação saudável com a cidade automobilizada. Há que perceber se estas medidas são a aceitação que o tempo de travessia foi responsável pelas várias mortes nas ruas da cidade, nos vários atropelamentos, e se esta medida é a única necessária para evitar mais acidentes.

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Parece-me que esta discussão acelerou sobretudo depois do atropelamento fatal na Av. de Ceuta que vitimou uma criança de oito anos. A CML tardou em dar ouvidos às associações de cidadãos que há muito apelavam no sentido de respeitar mais a "vivência dos peões", não só com este medida mas com muitas outras mais. Largos meses depois de tomar posse como vereadora da mobilidade, declarar ser "intolerável" que um peão fique retido num passeio de um metro de largura separando oito faixas de rodagem, e só então tomar medidas que resolvam o problema, é um exercício terrível de incompetência ou de cinismo. Venha o Diabo e escolha.


Na mesma notícia do DN, já linkada nas citações, a vereadora acrescenta ainda que se irá estudar a possibilidade de melhorar os passeios do eixo central. Estudar a possibilidade? Para recalcetar? Alargar? Retirar os Mupis que dificultam a mobilidade?




Eu voto em devolver a cidade às pessoas. Em humanizar a cidade devolvendo as condições de mobilidade e vivência pedonal às ruas e avenidas, alargando passeios, reduzindo o número de faixas de rodagem automóvel, sendo absolutamente intolerante (forma politicamente incorrecta de dizer tolerância zero, mas com igual significado) com o estacionamento abusivo. Eu voto em plantar mais árvores nas ruas para nos proteger do Sol abrasador, purificar o ar e tornar a circulação a pé mais convidativa. Eu voto em aumentar-se a frequência das redes de transportes públicos nos eixos principais, criar corredores BUS e torná-los menos permeáveis à impaciência do automóvel particular. Voto em construir-se mega parques de estacionamento em silo, com capacidade para milhares de automóveis, nas entradas das cidades.

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quarta-feira, 7 de junho de 2006

Quinta dos Lilazes



Consta que abre hoje ao público a Quinta dos Lilazes, contígua à Quinta das Conchas, depois dos meses de reabilitação.

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Neste mapa vê-se as três fases de recuperação das Quintas das Conchas e dos Lilazes. Primeiro a nave central da Quinta das Conchas, depois a mata da Quinta das Conchas e agora a Quinta dos Lilazes.

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terça-feira, 6 de junho de 2006

Pista de Atletismo Moniz Pereira



Avançam as obras da pista de Atletismo Moniz Pereira que irá ocupar parte do Parque Oeste. Enquanto não abre a 1ª fase do Parque, a língua de terreno paralela à Av. Krus Abecassis, vê-se já a movimentação de terras para a construção de mais um equipamento desportivo que irá servir o SL Benfica e Sporting CP, entre outros. À direita na fotografia vê-se o Eixo Norte-Sul, ao fundo o Lumiar, à esquerda o Condomínio do Parque e Condomínio da Torre e ao centro as gruas que controem o empreendimento LX Condomínio, junto ao Bairro da Cruz Vermelha.

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segunda-feira, 5 de junho de 2006

Transportes públicos e bicicletas contra o trânsito

O combate ao congestionamento de trânsito nas grandes cidades passa por conciliar bicicletas e transportes, segundo atestaram numerosos especialistas e autarcas no decurso da iniciativa Global City, ocorrida em Lyon. Além do descongestionamento de trânsito, conciliar estes dois meios de transporte pode ter benefícios ambientais, diminuindo a poluição do ar, referiram os mesmos especialistas.

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O exemplo de Barcelona esteve em foco neste fórum de dezenas de urbes, com 1100 participantes, e em que as cidades portuguesas faltaram ao debate. A capital catalã dispõe de 120 quilómetros de ciclovias que, juntamente com os transportes públicos, registam já 75% das deslocações. Só 25% das ligações se fazem em automóvel particular (menos 30% que no passado recente).

No caso de Londres, foi apresentado um investimento fortíssimo para a fluidez e comodidade da frota de autocarros, a par das portagens à entrada do centro da cidade, o seu núcleo de negócios. A taxa aplicada começou por ser de cinco libras por dia e já vai em oito (equivalentes a 12 euros) e pretende impedir a asfixia da City, já que apenas em apenas 1,5% da área da cidade estão 25% dos postos de trabalho.

A importância da Global City decorre do simples facto de hoje 80% da humanidade viver em cidades, onde se exerce praticamente toda a actividade económica do planeta. Autarcas e planificadores urbanísticos tentam obviar a que tão intenso processo gere fractura social. O tempo é o dos serviços e obriga os estrategistas urbanos a preocupar-se com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a organização da cidade, no centro e na periferia. Tendências de pauperização podem surgir num ou noutra, conforme os casos. Preserva-se o património histórico, mas as novas tendências apontam ainda para monumentalizar os bairros novos, onde habitam tantos milhares.

E nasce alguma oposição entre os que preferem grandes centros comerciais nos arredores e quem opta por apoiar o comércio tradicional, rivalidade paralela à da antiga inserção em fortalezas industriais com os espaços de trabalho actuais, que convidam a sair à hora do almoço, para comer, passear, praticar desporto, consumir ou produzir cultura, porque na rua se passa grande parte da vida na cidade.
Artur Sardinha
Rodrigo Cabrita
in DN, Sábado, dia 3 de Junho de 2006

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domingo, 4 de junho de 2006

Já há moradores nos Jardins de S. Bartolomeu!

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Jardins de S. Bartolomeu, 4 de Junho de 2006

Hoje ao passar pelos “Jardins de S. Bartolomeu” reparei que a rampa de acesso ao estacionamento estava aberta. Num ápice entrei de bicicleta para dentro do empreendimento para me refugiar do sol intenso, descansar um pouco e tirar umas fotografias. Pouco depois apareceram dois vigilantes do empreendimento a perguntar o que eu estava a fazer ali. Respondi dizendo que não era um intruso e que estava só a tirar umas fotografias. No seguimento da conversa fiquei a saber que já há gente a morar nos Jardins de S. Bartolomeu e que pelo menos um dos espaços comerciais já está em obras.

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Jardins de S. Bartolomeu, 4 de Junho de 2006

Pelos vistos as licenças de habitação podem ser passadas antes da conclusão dos arranjos exteriores. Com esta manobra a SGAL consegue cumprir os prazos!

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sábado, 3 de junho de 2006

Burocracismo


Um dos espaços destinados para restauração no Parque das Conchas nunca chegou a abrir ao público desde a reabertura do jardim após requalificação, há mais de um ano. Recentemente foi colocado no edifício um cartaz assinado por quem irá explorar o espaço.


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(clicar na imagem para a ver mais de perto)

A ser verdade, é mais uma acha para a fogueira da inépcia do Estado perante a iniciativa privada. Por um lado clamam por ela, por outro encravam o desenvolvimento com o peso de uma máquina gorda e incompetente que se baba pela burocracia.

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sexta-feira, 2 de junho de 2006

Os leitores escrevem no Viver



E como o prometido é devido, aqui ficam então as contribuições dos leitores que responderam ao nosso convite. Muito obrigado a todos pela participação!


(erhhh... sobraram muitos pastéis... Alguém quer um?)



O espaço que se segue é da exclusiva responsabilidade dos intervenientes:

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Colina de São Gonçalo Lote 21 - uma perspectiva


Lançado o repto,'Quem quiser publicar alguma coisa aqui basta escrever o texto, acrescentar fotografias se o desejar, e enviar-nos tudo.', ora cá vai.

Não sei qual o interesse do blog em discutir questões relativas à alteração das fachadas na alta de Lisboa. Contudo, o meu contributo pretende ir por aí.

Assim, foi assunto da reunião de condóminos do lote 21 da Colina de São Gonçalo (CSG) a alteração de fachadas e o resultado urbano que podemos e queremos na nossa zona habitacional (que eu pessoalmente gostaria de ver estendido a grande parte da nossa cidade, mas se pudermos fazer mesmo que pouco já estamos a contribuir.). Neste sentido, aproveitando a suspensão da assembleia alguns condóminos empenharam-se em obter, junto do arquitecto João Paciência, um normativo relativamente a alterações que visem a protecção da exposição solar das fracções, condições de segurança da habitações e das lojas, tendo em vista salvaguardar o aspecto urbano do nosso espaço. Essas preocupações foram votadas e decididas para o lote 21 da CSG. No entanto, preocupa-me (aqui refiro apenas a minha posição individual) o que se pode/quer fazer nos outros lotes (e mais geralmente noutros complexos habitacionais).

Gostaria por isso de: dar conhecimento do normativo, para os que possam não estar a par, bem como lançar o desafio de todos nos preocuparmos e disponibilizarmos para obter um resultado urbanístico com o qual nos possamos sentir satisfeitos hoje e no futuro.

No que respeita às particularidades de cada situação que se podem já reportar não creio que seja importante. Não é meu objectivo argumentar acerca da marquise A, da tenda B, das grades de loja K, J ou L, e/ou dos estores das fracções Z ou T. Mas, julgo de interesse pensar sobre a (in)segurança que se cria às fracções situadas acima de algumas lojas. E pensar na discordância entre algumas das instalações que já se verificam.

Pelo que já foi dito não considero sequer de interesse juntar fotografias a este texto. O que me interessa é não permitir que, com o passar do tempo, possamos cair no 'cada um faz o que quer'.

Para terminar gostaria de assinalar com satisfação o resultado conseguido no lote 21 da CSG. Apesar de muitos, e certamente com muitas diferenças, penso que estamos no bom caminho.

p.s.1 - Acerca deste assunto tentei anteriormente um contacto, mas não obtive feedback algum.

p.s.2 - Julgo também importante reconhecer o empenho e o trabalho alcançado pelos condóminos do lote 21 que se dedicaram a esta questão, entre os quais não me incluo - pelo que observei são 3 pessoas.

Marina Andrade


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Esclarecimento à SGAL e moradores do Condomínio da Torre


Aproveito este espaço para esclarecer um equívoco que tem tomado algum tempo aos moradores do Condomínio da Torre e aos senhores responsáveis pela SGAL. Tive acesso a uma troca de correspondência que fazia referência a uma lage partida.



Dizem os moradores que o material é fraco e estala com as diferenças de temperatura, querendo ser ressarcidos do prejuízo; diz a SGAL que não foi o calor mas sim um acto de vandalismo e que por isso não estar previsto no âmbito da garantia, não arranja.

"No que respeita à parede exterior de cor branca, no 8º piso, do lado do jardim, entre o bloco F e o bloco G, a qual se encontra degradada, deve-se esta situação a actos de vandalismo."

carta da SGAL dirigida a todos os condóminos do Condomínio da Torre

Ora nem uns nem outros têm razão. Acontece que numa das minhas deambulações nocturnas velando a segurança na Alta, voando de prédio em prédio, de parede a parede, entrou-me um cisco no olho, trazido na poeira que voa nesse estaleiro gigantesco, atrapalhei-me, e pumba!, esborrachei-me contra a parede, partindo a laje.

Desculpem lá qualquer coisinha, não foi por mal. Escusavam era de tentar encontrar intenções malévolas neste acidente alegando vandalismo. Francamente, a placa está num oitavo andar! Quem, para além de mim, poderia ter feito isso? E porque havia eu agora de querer estragar uma reputação que levou tantos anos a conseguir?




Tenho andado sem grande diponibilidade financeira nos últimos tempos, as taxas de juro têm subido em flecha e a prestação da casa mata-me o orçamento. Podem arranjar vocês a placa que depois eu pago?

Atenciosamente e sempre ao dispor,
Peter Parker (aka Spider-Man)



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Aniversário do Viver na Alta de Lisboa


Olá a todos

Depois de muito ter consultado os vossos artigos sobre a Alta de Lisboa, e não só, resolvi aceitar o convite para "postar" algo no dia do aniversário deste tão sempre interessante espaço de comunicação.

Praticamente todos os temas cabem aqui. Desde o urbanismo, o problema das acessibilidades, do ambiente e ecologia, do viver em sociedade nos espaços urbanos, a promoção de acções de solidariedade, cultura e desporto, como ao mais recente tema aqui proposto que é o espaço de culinária.

Pela qualidade e diversidade dos artigos expostos, como pelo esforço diário que os contribuintes deste blog, têm efectuado para manter este espaço vivo, gostaria de dar os meus parabéns a todos eles, e espero que este espaço se mantenha por muitos e longos anos.

Luis Filipe

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Toponímia do Alto do Lumiar: um motivo de orgulho




Se já havia motivos para nos orgulharmos (é óbvio que falo por mim, mas acredito que outros partilharão da mesma opinião) das escolhas toponímicas para o nosso bairro -lembro apenas alguns dos nomes, sem, no entanto, querer desvalorizar as outras personalidades, Kruz Abecassis, José Cardoso Pires, Sérgio Vieira de Melo, Tito de Morais-, continua a haver os mesmos motivos, pois, e referindo-me apenas às vias assinaladas na planta do bairro (a planta foi retirada do sítio da SGAL na Rede), mais quatro personalidades nos vão honrar com os seus nomes nas nossas ruas e avenidas, que acredito cada vez mais calcorrearemos, dando assim mais vida ao bairro.

O nome de Álvaro Cunhal, por tudo o que representa para o nosso país, independentemente de estarmos de acordo com os seus ideais, é, sem dúvida, um motivo de orgulho para qualquer bairro de Lisboa -e por isso merece um destaque neste pequeno texto-, mas permitam-me fazer o meu destaque pessoal às escolhas dos responsáveis da C. M. de Lisboa pela toponímia da cidade: juntamente com José Cardoso Pires, já devidamente assinalado nas placas de uma das nossas ruas, é um orgulho muito grande ter «entre nós» os nomes de Eugénio de Andrade e de Carlos Paredes. «Bem-vindos» sejam!

Nuno Jorge

P. S. A informação toponímica foi retirada de
http://lisboainteractiva.cm-lisboa.pt.



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De que lado estão os animais?




Espero, sinceramente, que este texto não passe de um grande equívoco da minha parte. Se assim for, desde já, o meu «mea culpa»! De qualquer modo, uma vez que pode ser visto através de dois ângulos, é sempre uma crítica à UPAL, à CML e à SGAL, por ignorarem os moradores do Alto do Lumiar -e no caso da CML, os moradores de qualquer bairro da cidade- e nunca encetar qualquer tipo de diálogo e verdadeiras discussões públicas dos projectos para a nossa urbe. As ditas «discussões públicas», consagradas nas nossas leis, não passam de um embuste, pois apenas está acessível a meia dúzia de habitantes, quer pela falta de divulgação, quer pela indecifrável informação que chega aos residentes nesta cidade de Lisboa.

A distância entre os órgãos autárquicos e os cidadãos continua a ser enorme... assim como continua a ser difícil o acesso a informação que deveria estar disponível para consulta de todos nós. Passando agora para o assunto que me levou a construir estas frases e tentar fazer chegar aos órgãos competentes a minha indignação, e que não ocupará muitas linhas, começo por dizer que tem que ver com opções tomadas para a rua Helena Vaz da Silva, mais propriamente, o que está a ser feito em frente aos lotes 2 e 3 dos Condomínios da Torre. Apesar de não gostar do que ali está a ser feito -como alguém tentou mostrar, as «dunas» cá do bairro-, mas isso é apenas um detalhe que tem que ver com a minha opinião, e como é óbvio, nada tem de ser feito de acordo com os meus padrões estéticos, há um pormenor que me causa grande indignação: as redes colocadas no cimo das «dunas», que acredito terem como objectivo criar um meio de protecção, mas... há muitos modos, e sem dúvida mais dignos, de o fazer. Levando o meu sarcasmo ao limite, mas nunca querendo, com isso, ofender quem quer que seja do bairro -se tivesse como objectivo ofender, seria a quem nos ignora-, as redes só podiam ter sido colocadas para separar seres de diferentes espécies. Não sei quais as que por cá andam, nem quais as que querem separar. Eu só vejo seres humanos. O mais incrível é que já nem nos jardins zoológicos se utilizam redes para separar os infelizes animais aí expostos dos seres humanos, ditos racionais, para os quais foram criados esses «escaparates» que têm como objectivo (não sei quem foi o seu infeliz criador) salvaguardar espécies, tentando recriar os seus «habitats», como se isso fosse possível, ainda por cima dentro de urbes cada vez mais poluídas (eu sei, são heranças do passado e que então ninguém contestava).

A quem de direito, ou seja, aos doutos responsáveis pelo planeamento da cidade, e em especial aos pelo do bairro do Alto do Lumiar, peço, imploro, se for preciso, tenham respeito pelas pessoas que vivem em ambos os lados da «rede». Parece-me que este é o meio mais infeliz de tentar promover a integração, de quem quer que seja. Há modos muito mais dignos de criar protecções, que são, sem qualquer dúvida, de louvar (não está aqui em causa esse aspecto -a protecção-, está em causa o modo como até agora se apresenta), e que não ofendem a dignidade e o respeito a que todos os seres humanos têm direito.

Volto a repetir-me, espero estar enganado em relação ao que se lá vê agora e que no fim da obra nos congratularemos todos com a opção final. Claro que podem considerar que estou a fazer uma tempestade num copo de água e que há problemas mais importantes para resolver. Importantes, são sem dúvida, mais ou menos, não aceito como especificador, pois todas o são! É nos pormenores, para alguns minudências, que se vê a qualidade do que quer que seja e é através deles que se mostra o respeito pelos concidadãos. Podem não estar de acordo comigo em relação a tudo o que foi, neste texto, exposto, mas não acredito que estejam em desacordo com a falta de respeito para com as pessoas... e é isso o que sinto... e o que me indigna!


Nuno Jorge

P. S. Este texto foi enviado à UPAL/CML e à SGAL.




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Viver na Lisboa Setentrional

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Parque Oeste, Maio de 2006

Não sei se dura sempre esse teu beijo
Ou apenas o que resta desta noite
O vento, enfim, parou
Já mal o vejo
Por sobre o Tejo
E já tudo pode ser
Tudo aquilo que parece
Na Lisboa que amanhece

Sérgio Godinho (Lisboa que amanhece)

Saio de casa com a luz do sol da manhã a incidir sobre todas as superfícies e objectos. É urgente colocar os óculos escuros para enfrentar a Avenida Sérgio Vieira de Mello com a luz do Sol pela frente. “Fruticarla”, “Talho d’Avó”, “Peixaria Estrela Dourada”, são alguns dos nomes do comércio local que anima as ruas áridas desta parte nova de Lisboa. Esta Lisboa não é a Lisboa dos nossos poetas. Falta o Tejo com os seus reflexos, falta a densidade da vida nas ruas, faltam os ecos de uma cidade em movimento. É ainda e só uma Lisboa de promessas adiadas, com muitas ruas e passeios por acabar, cheia de pó no Verão e de lama no Inverno.
A Alta de Lisboa é um território de “suturas sociais” delineadas pela geografia dos empreendimentos. A norte do Parque Oeste (ou do Vale Grande) a convivência entre diferentes classes sociais é, aparentemente, nula. Dificilmente um morador das habitações de venda livre frequenta um estabelecimento comercial inserido num bloco de andares de realojamento. Ao andar pelas ruas sente-se bem esta clivagem entre estratos sociais. Uma rua que serve as habitações de realojamento está sempre animada ao longo do dia; pelo contrário, uma rua que serve um condomínio de venda livre está sempre deserta ou quase deserta a todas as horas. Os escassos metros que separam um condomínio vendido a preços de luxo de um outro destinado ao realojamento são percorridos por crianças agitadas, às vezes demasiadamente agitadas. Os resultados estão à vista e não poupam os equipamentos públicos nem as fachadas que rapidamente perdem o brilho próprio do que é novo. Na praceta de acesso ao meu apartamento metade dos candeeiros públicos não tem luz, as paredes estão a ficar muito pintalgadas com aqueles feios rabiscos, alguns dos vidros duplos estão a ceder às investidas constantes de pés muito enérgicos, as pedrinhas dos canteiros estão cada vez mais dispersas pela calçada, o parque infantil é constantemente martelado com vários objectos, o lixo acumula-se nos cantos mais resguardados, etc., etc.
Porquê então a opção de vir morar para uma zona tão problemática?
Porque acredito no planeamento urbano, nas promessas feitas pelas entidades envolvidas no desenvolvimento do Alto do Lumiar. Todavia, a preocupação pelo bom desenvolvimento desta grande urbanização vai aumentando porque continuam a existir muitos desequilíbrios por corrigir. Distribuir habitantes por “ilhas” urbanas não é uma boa solução.
Ficam no ar algumas questões pertinentes ainda sem resposta:
Será que a crise do imobiliário impedirá o desenvolvimento harmonioso do Alto do Lumiar? Com tanta oferta e com a procura em baixa existe o risco de esta urbanização se tornar sobredimensionada.
Existem então planos alternativos que possam evitar a construção em excesso? Por exemplo, alargando espaços verdes e construindo mais equipamentos.
Por que razão não são feitos esforços convincentes para melhorar as ligações entre o Alto do Lumiar e as áreas mais antigas? Existe um investimento muito grande nas grandes vias rodoviárias, contudo as ligações mais simples com as áreas urbanas circundantes são muito más.
Para quando a construção do eixo central? Esta é a via estruturante de todo o Alto do Lumiar.
Por que razão é que a construção caótica continua a dominar nas zonas de fronteira do Alto do Lumiar? Veja-se o exemplo da Ameixoeira.
Espero que a fome pelo lucro fácil dos negócios imobiliários não mate “o segredo que Lisboa guardou para o fim”. Ainda não percebi o significado do “fim” nesta frase publicitária da SGAL. Será o fim de Lisboa? Espero bem que não, porque apesar de todo o caos urbanístico Lisboa ainda se reflecte nas águas do Tejo.


Lisboa (entre o Alto do Lumiar e a 7.ª colina), 31 de Maio de 2006

Parabéns blog "Viver na Alta de Lisboa"!

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365 dias



Este blog completou hoje a primeira volta ao Sol desde que nasceu. A todos os que nos lêem, nos escrevem, nos incentivam, um grande abraço de agradecimento!

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quinta-feira, 1 de junho de 2006

Cem euros há três anos à espera

[Na reunião pública da CML] os vereadores discutiram, por exemplo, o caso de um cidadão que pediu à autarquia para ser compensado por um acidente que teve com o seu carro pelo qual a responsabiliza. Um caso que se arrasta há três anos e que envolve a extraordinária verba de... cem euros.

Em 16 de Julho de 2003, o cidadão Pedro Dias Pereira conduzia o seu carro e no cruzamento da Rua de Santos e Velho com a Calçada Marquês de Abrantes caiu num buraco. Resultado: deu cabo de um pneu (frontal esquerdo) e da respectiva jante. E foi queixar-se à Câmara de Lisboa. Queria que a autarquia lhe pagasse o dano, uma verba de cem euros.

E entretanto já lá vão quase três anos. O pedido foi chumbado, em 10 de Dezembro de 2004, pelo director municipal de projectos e obras. Em Março do ano seguinte, Pedro Dias Pereira interpôs recurso hierárquico. E ontem foi à reunião da vereação uma proposta do vereador Pedro Feist propondo a confirmação do despacho municipal que recusava a indemnização ao referido automobilista.

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Rita Magrinho, vereadora do PCP, levantou o problema. Contou que a instrução do processo não incluíra ouvir uma testemunha indicada pelo cidadão em causa, nem um agente da Polícia Municipal que conhecia o caso, nem sequer o Regimento de Sapadores de Bombeiros, por quem o processo também passou.

Carmona Rodrigues, pelo seu lado, lamentou a demora de todo o processo: "Não há justiça quando é demorada." Foi então que Maria José Nogueira Pinto propôs que a proposta fosse retirada, o que veio a acontecer.

in Público, Local, dia 1 de Junho de 2006, assinado por João Pedro Henriques

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Escuteiros - Dia aberto no Parque das Conchas



O Agrupamento 66 do Corpo Nacional de Escutas, com sede no Lumiar, vai realizar, no próximo dia 4 de Junho (Domingo), o seu Dia Aberto 2006.

Esta actividade, que decorrerá no espaço da Quinta das Conchas, entre as 10 e 18 horas, tem como objectivo permitir a todos os jovens não-escuteiros, o acesso, por um dia, a um conjunto de actividades típicas deste movimento. É uma excelente oportunidade para que todos os jovens da área do Lumiar possam experimentar e tomar contacto directo com o Escutismo, o maior movimento mundial de jovens, actualmente com 28 milhões de associados, espalhados por cerca de 190 países.

Nesta actividade, cada participante terá acesso a um conjunto de actividades especificamente desenhadas para a sua faixa etária, de acordo com o modelo escutista, que vão desde os simples jogos para os mais novos, até à aprendizagem de nós e construções em madeira, ou percursos de orientação, para os que tiverem idade compreendida entre os 14 e os 18 anos.

[recebido por email]

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